quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ó... A ONÇA AÍ!

FOTO DE ARQUIVO 2011 Ó... A ONÇA AÍ! Qualquer um pode se tornar poeta ou escritor, bastam sair sem destino e observar os desatinos sem a letra de forma, os latidos dos cães pelos cantos de ruas, pessoas desafiando a vida sem noção, outros desafinando sem canção. Pessoas sem destino, sem alma, sem emoção, cheio de desvios e atalhos como fossem retalhos de vida que despencam pelo horizonte. Quando não penso, não sei quem sou, tem sempre uma dúvida pairando na minha cabeça, um talvez amanhã... Mas nas noites as horas voam e as criaturas aparecem do nada a atormentar. São nestas horas que a noite traz as lágrimas de uma saudade longe, tão doce quanto amarga. Lembranças embalsamadas nos longos momentos de conversa entre pessoas supostamente amigas... Na noite raifaiana enquanto bebo meus chopes, olho, observo e também sou visto... As mesas cheias, as “ meninas “ em polvorosa e após tempos a mesa Mimi ( Que sempre tenho a impressão que está dopado ),Gigi e mais outro sujeito com a cara de Topo-Gigio.alegram-se com a chegada de Flor que estava despojada com uma bermuda meio caqui com listas cinzas bem discreta,uma camisa amarelada e tênis branco... Sisi já estava em outra mesa com alguns dragões e nem se cumprimentaram. Lazinha me cutuca e diz que eles brigaram coisa que quase achei verdade, mas algum tempo, os dois estavam de frente, conversaram e desapareceram do mapa. Aliás, os amigos foram juntos. Talvez tenham ido ao La Torre ou Estação... Senti que estavam com corações apertados desses que dói o peito com qualquer musiquinha eternizada. Esqueci Flor e fiquei de lero com “Lazinha, A Louca “ e a cada dinossauro que chegava aquelas brincadeiras,mais papo furado e cervejas... O Bar lotado e me aparece o caminhão recolhendo o lixo na Bias Fortes.Os garis sorridentes e saltitantes zoando as ratazanas que ali estavam gritando,dando vexames...Lazinha joga beijo,uma tal ,mais louca ainda que se auto define como Habib tira o boné e joga beijos aos garis,enquanto uma besta,desempregada me pega de papo,pois o sonho da vida é fazer um Cruzeiro,e não tinha ideia e nem roupa para curtir um navio do porte do Costa Mágica...Falava da vida dura e das dores de quem quer falar, falar para este idiota aqui ouvir como antes. E a noite passando, e o vento mudou, já cansado de corpo e alma, sentia tristeza, e estranheza com o papo do tal rapaz de Venda Nova... E foi aí que ouvi o gari todo alegre berrar... - Ó...a onça aí! Traduzindo para o bom Português, ele quis dizer que ali só tinha viados... “Não me contive e acabei sorrindo, achando graça da frase e da cara do Zezão puto de raiva, pois ele não admite que o Bias Bar, vulgo HI FI, não seja bar” gay”. Olho o digital do JK e vejo que as horas estavam adiantadas, quase três da matina e eu ali, perdido, sozinho, já que os carcarás voaram para a Estação e os ratos que ali estavam queriam alimentar de sangue e suor alheio e foram os momentos mais solitários que vivi numa única noite sem ninguém que prestasse mesmo... E a noite passou, e o vento também passou, e senti a manhã da maturação, do que não é previsível, de não ter somente os pés no chão, mas o olhar com o meu delirante olho direito que, bem aqui dentro, só quer acolher a doçura de meu pobre coração solitário, coração de louco que se acha poeta, de escritor de meia tigela, de um besta quadrante e espumante, porque sabe, o quanto a decepção pode durar numa longuíssima noite, mas, que a alegria chega pela manhã com o canto dos pássaros e a luz do sol que me faz alongar aquelas longas conversas de meio de noite. E minha alma sabe ler,o coração entender...Só Deus pode me conter!!! Uschuaia Dean 02 de Outubro 2011.

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