quarta-feira, 18 de abril de 2012

SANTINHA FLOR

Santinha Flor Ela sempre se acha à certinha. Ou procurava ser. Tenta ser educada e paciente com todos. Voluntária em vários projetos. Amigo sempre presente e a postos para consolar ou socorrer qualquer amigo. Mocinha considera o respaldo do restante da prole. Dôra com cara de tacho desfila pelo Quintal a roubar seus olhares furtivos, acha-se uma filha dedicada, amorosa e prestativa. Aprendiz CDF. Sim, nunca tirava as maiores notas no colégio. E no amor... Ah! Quando namorava, era pra valer. Fazia de tudo para quem estivesse ao seu lado. E os motivos que levavam as relações naufragarem geralmente era por esse “excesso” de dedicação por parte dela, aos vários homens que afagava os seus cabelos. Sempre, foi mal na prova de matemática, repetia o Kel constantemente. Não entendia o porquê, já que havia estudado tanto para ela. Nando foi então tirar satisfações com o professor Ed, que estava encarando-o constantemente. Espumava de raiva. Virou com força um copo de cerveja, engoliu tudo. Foi quando, pela primeira vez, olhei profundamente nos olhos de um loirado que estava na turma. Azuis como o céu. Fiquei sem saber o que fazer, se me apresentava ou esperava estender-me as mãos. Não sabia o que pensar. Num ímpeto Délcio aproxima, agarrou o sujeito. Beijou-o com tanta paixão, tanta lascívia, que jamais pensou existir dentro deles. E pela primeira vez, o vulcão. A erupção foi tão forte, que ambos se esqueceram de onde estavam. Enfim descubro que é mais uma daquelas que fazem vida nas saunas da vida. Fizeram de tudo, falaram tudo com alguma loucura. Com tesão. Depois de tudo acabado, Dimitri ajeitou a camisa, passou a mão esquerda nos cabelos, sorriu sem graça e saiu. Um velhinho amigo deles, sorria feito criança, sob olhares da turma que lamentavam a ausência de Jugem. Flor dizia estar leve radiante e sentindo uma nova sensação: os tempos de certinha tinham ficado para trás. Agora ela sabia que podia ser o que quisesse. Então, rasgou o folheto que estava sobre a mesa, pagaram as suas contas, Ilídio veio a mim, apertou meu pescoço com certo desejo chamando-me para ir à Estação com eles. - Disse que talvez fosse. Bem mais prazerosas os vi atravessarem a avenida, quando um amigo apresenta um cara bem legal,muito culto e poético que tentava ficar com o meu livro... Este é outra história e talvez um dia saia do rascunho de minha cabeça entupida de cervejas, Brahma, Antarctica e Skol alguma novidade deste sujeito de camisa azul que achava engraçado a minha camisa e a mochila nas costas. Uau!!! Como sou um misto de Michael Douglas com Catherine Zeta Jones... Belo Horizonte, Três dezembro 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

VOCÊ PODERÁ GOSTAR DAS MENSAGENS ANTERIORES...