quarta-feira, 18 de abril de 2012

AS CARTAS QUE ESCREVI... Onde andarás você agora?Estaria já no sono de Morfeu ou curtindo a noite carioca na Lapa ou em algum bar do Baixo Leblon num drink básico? Rio é sempre Rio de Janeiro, fevereiro, março, qualquer mês. Enquanto a chuva caí... (e como chove em Beagá neste dia!) tento escrever alguma coisa, mas às vezes preciso ser sacudido para entender que nem todo dia tenho inspirações em escrever algo diferente e que nem todo mundo está legal. Que nem todo sorriso é verdadeiro. Que nem toda mão estendida é realmente para ajudar e que nem todo mundo que diz algo, consegue levar isso à risca. Eu sofro. Às vezes desanimo. Fico vendo a chuva pela janela, com o som ligado, cabeça a mil, mas não saí nada... Em outras me desencanto, mas mesmo que doa, não consigo perder a leveza. A doçura. A fé. E por isso sigo feliz talvez, sem prender sorrisos, sem peso nas costas e no coração, acreditando que, por mais que a maioria não seja aquilo que aparenta, em horas despretensiosas sempre esbarro com quem é de verdade. Com quem, assim como eu, acredita. E todo o resto passa a valer à pena. Eu que há muito estive quieto, agora sinto sacudido pelos ventos desta Primavera. É muito sol e muita chuva entrando em minha janela sem pedir licença. Sem dar explicação. É inevitável, sinto-me iluminado. Vibro com as cores do arco-íris. Leve, deixa-se levar por entre as nuvens... E vem o frio que também me faz bem! E sonho. Sonho com aqueles que amam, mas que por circunstâncias da vida estão longe. Sonho com as doçuras já vividas. Com os sentimentos descobertos e redescobertos. Sonho com uma sociedade mais justa. Mais leve. Com pessoas menos pesadas e menos mascaradas. Com gente que não tem medo de sorrir e estender a mão. Sonho com um rio manso. Com uma paisagem mais verde, mais florida, menos cinzenta. Com pássaros cantando a todo o momento. Com crianças brincando sem o medo do desconhecido. E sonho... Sonho com o fim das diferenças. Com a proximidade sem interesses. Com menos mentiras. Menos perdas. E sonho com o brilho das estrelas e a brisa suave do vento que chega sem pedir licença, mas para avisar que a vida é esse instante breve. E é por isso que é preciso aproveitá-la. Minuto a minuto. Sem amarras, nem medos, nem assombros. Porque o momento que passa, dificilmente pode ser recuperado. E é com essa certeza que me deixo levar... Guiado pela luz do Sol e as cores do arco-íris que insistem em brincar com meus cabelos, lembrando-me de como sou especial pelo simples fato de estar vivo. E, de quebra, ter tanta coisa para sonhar... Uschuaia Dean,Novembro 2011

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