sábado, 2 de junho de 2012

Não se surpreenda


Não se surpreenda

Achei que a quarta não  existiram tantas mudanças repentinas no meu Quintal Favorito.. O jogo das marias azuis colocava todas as pessoas ao redor TV, parecia pareciam ligadas a algum fato universal, meio inacreditável, tamanha era a sede delas, sair da zona de rebaixamento; final se perdesse para o Vasco elas voltariam à zona.
Era o mesmo Hi Fi de sempre em que eu passei após a sangria de beber um vinho com Mareth no Casão, Não me lembro de uma estada tão sinuosa ou de um céu tão claro ao longo deste inverno onde eu sem blusa exibia minha grife, afinal além de adorar o inverno, podia mostrar quem sou...
Me aparece Flor de branco, com Dedé e Dôra. Muitos papos, cumprimentos e Dôra recebe um beijo na testa de Flor. Dôra parte e Flor fica vendo a novela... A indiferença vinha costurando outra vez. Indiferença absurda a tudo e todos. Adiante, da luz e da TV que brilhava no meio do nada. Nada de planos que agora eu tenho. Flor me cumprimenta, pega em minha mão e com olhos avermelhados dá uma bicada no copo de cerveja. Pela primeira vez tenho a sensação que Flor mexeu com drogas... Uma amiga me perguntou outro dia, se Flor se perdia na neblina intensa e eu disse que não sabia que a curva seguinte a reservava? Eu então listei desejos distantes, mantendo minhas mãos no bolso quando na verdade não sei nem distinguir ninguém, nem mesmo meu sobrinho viciado. É como se minha cabeça voasse janela afora e o acelerador estivesse colado ao chão de meu saudoso carro, me impossibilitando de decidir qualquer coisa, principalmente à direção ou o meu destino. Ele tem os olhos sonolentos de um assassino e o sorriso pretensioso de um psicopata.
Ele é um destruidor de corações. Ele é um centro de abate.
Ele vai te deixar para baixo, te fazer chorar e desaparecer, como tudo o que ele disse sentir.
Ele é um jogador, um enganador.
Ele é um palhaço.
Ele é como uma lâmpada fluorescente que atrai insetos. Ele é um campo magnético.
Ele é engraçado no início, mas, como uma piada velha, se torna comum e sem graça.
Ops, tarde demais.
Melhor correr enquanto posso. Nessas ruas tortuosas... Nunca se sabe.
Nunca fui de vigiar alguém, nunca fui fã de recomendações, mas agora que não as tenho, percebo quão difícil é pavimentar a própria estrada para que o fluxo flua e consigo pegar algum rumo preciso.
Os frequentadores estão encapotados, eu de camisa simples, branca, com braços de fora, num papo com Bigode, que momentos antes me ligou para beber a saideira, não que eu precise de combustível, mas isso me fazia ter outras informações de meus personagens favoritos. Perdi os sentimentos quando sentei na cadeira e passei a observar os meus algozes.
Teria sido melhor ter voltado para casa...
Uschuaia Dean, quarta feira 29 de Junho 2011.

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