FOTO MONTAGEM
Chances desperdiçadas. É nisso que
vim pensando nas últimas horas da noite da sexta calorenta e azarenta,sei fazer
ideia de quantas vezes achei que uma coisa fosse um tiro no pé e justamente por
olhar pelo ângulo que me convinha, deixei a chance escapar, vez por preguiça,
vez por desinteresse. E o tiro que acertaria os dedos dos meus membros
inferiores volta-se para o meu rosto e me atravessa ambos os olhos, fazendo-me
questionar como podem existir pessoas tão cegas e fúteis como Dona Flor...
O furo de Mareth envergonha afinal
Ribalta e apenas eu, aparecemos para abraçar o vinagrete. Nunca acho que vou me
arrepender por algo, como todo o mundo acha (ou pelo menos a maioria dele,
creio eu), mas penso que por pensar demais, ajo e falo de menos. Refiro-me não
apenas às oportunidades que se esgarçam bem debaixo dos nossos narizes, mas às
que entram por ele, chega ao cérebro e, mesmo assim, nos deixam a ver os navios
partindo do porto, sem nem oportunidade de correr para alcançá-los.
Ah... Essas sim são doloridas. São
como facadas no peito e nas costas, todas estrategicamente fincadas, para que a
cada golpe tu percebas teu erro e vejas que não podes consertá-lo. Não agora
Mareth,aconteceu e não vou guardar rancores...
O tarde demais, sempre me incomodou. Tudo o que tu podias ter feito, passou na tua janela e só tu não vistes. Ou até vistes, mas não quisestes ver. Porque ver a ponte quebrada depois da curva e não avisar a quem interessar possa, ou pelo menos não pular do trem antes da queda, em minha opinião, é cegar-se. Não com os mesmos tiros que lhe acertariam os pés, mas com as mãos que seguram a arma engatilhada.
Até agora estou contando o conto como o fantoche, e não como o animador. Mas quando se é quem apunhala, e não o apunhalado... E ao sair do Casão após um papo informal e muito especial com Riba, tive que aparecer pelo Quintal favorito, na noite em que a fauna pegava fogo..Elas todas,exceção de Mareth deram as caras.Estavam com jeito de peruas perigosas,olhares técnicos e faceiros atrás de uma presa que pintasse no cerrado...
O tarde demais, sempre me incomodou. Tudo o que tu podias ter feito, passou na tua janela e só tu não vistes. Ou até vistes, mas não quisestes ver. Porque ver a ponte quebrada depois da curva e não avisar a quem interessar possa, ou pelo menos não pular do trem antes da queda, em minha opinião, é cegar-se. Não com os mesmos tiros que lhe acertariam os pés, mas com as mãos que seguram a arma engatilhada.
Até agora estou contando o conto como o fantoche, e não como o animador. Mas quando se é quem apunhala, e não o apunhalado... E ao sair do Casão após um papo informal e muito especial com Riba, tive que aparecer pelo Quintal favorito, na noite em que a fauna pegava fogo..Elas todas,exceção de Mareth deram as caras.Estavam com jeito de peruas perigosas,olhares técnicos e faceiros atrás de uma presa que pintasse no cerrado...
Enquanto Flor desfilava de camisa
branca, após tirar o agasalho verde e amarelo, coisa ou algo que nem Omo total
daria jeito,outros olhares esparsos ao Bar Amarelinho ,não parecia o
bastante.afinal momentos antes Heliodora e Pepê desfilaram-se pelo bulevar da
chapada triunfantes, como que provocando Flor num ensaio sensual de bunda lê lê
e flechadas bem na cara do boneco de plástico,que servia-se de coca com limão
fingindo não notar nada...
Dôra mal me cumprimentou, Paul foi mais cordial e até esboçou um abraço, de
repente como uma águia dourada, vestia um blusão cinza, Dôra parecia voar bem à
frente querendo fugir talvez de meus olhares ou de seus desafetos...
Duas mesas lotadas de pombinhas,
curiós, sabiás, tico-ticos.Marquinho,J.Juá,Eduardo,outros que conheço de
vista. Além de Bodinho que me deu um oi e parecia pastar capim replantado
e milhos com cáries, um rápido falar com Noel que estava com cara de
felicidade. Parecia que haviam feito as pazes e naquele canto nada melhor para
recomeçar um romance... Desta vez Flor fingiu me ver, afinal estava eu com mais
uma camisa francesa e ali seria um tormento. O Aeroporto de Mosquito com sua
capivara ainda nos cumprimentaram e Santos Dumont chega calmo, vê aquele
burburinho, vira de costas e sai sem cumprimentar ninguém...
Certa altura chega o Pavarotti,
trocamos palavras e resolvo retornar para meu doce lar, afinal a Chapada estava
tão cheia que veadeiro nenhum botaria defeitos...
Ô! Sensação boa essa da vingança!
Doce como mel, mas que por peso de consciência ou temor a algo superior,
disfarçamos essa doçura e enterramos tudo em areia fofa, talvez para não se
passar por ruim.
Todo mundo, um dia, se não conheceu, está para conhecer, pelo menos uma pessoa que te dá à serventia de degrau para aumentar o trono do próprio rei, na barriga. E machuca, eu sei. É como um soco no estômago, que te derruba por dias e te deixa sem vontade do mundo, em luzes de néon, o teu próprio.
Todo mundo, um dia, se não conheceu, está para conhecer, pelo menos uma pessoa que te dá à serventia de degrau para aumentar o trono do próprio rei, na barriga. E machuca, eu sei. É como um soco no estômago, que te derruba por dias e te deixa sem vontade do mundo, em luzes de néon, o teu próprio.
Costumo dizer que o certo atrasa,
mas não falta e um dia o suposto reizinho do HI FI há de ficar tão gordo, que o
trono se quebra, e feio. Não querendo rogar praga nesse tipo de gente, mas
quando o mar está fundo e o único com um veleiro a oferecer é tu, o rei que
antes vangloriava atos por sapatear nos teus pulmões, vai ver-se tão humilde e
nu, que lhe pedirá espaço para entrar. Vão ser jogadas pérolas aos carcarás,
mas ele vai estar tão magro e envergonhado, que não vento vai soprar a teu
favor.
Pássaros, garças, ratos, carcarás, antas, porcos... Quem as joga a eles, talvez nunca tenha a oportunidade de tê-las de volta contornando seu pescoço, mas sempre haverá quem ache os porcos premiados. O que eu quero dizer, é que as chances que lhe passam pelas pontas dos dedos, se deixando escapar, podem estar nos seus pés, ou beneficiando vermes nas suas solas e piraúnas como Delcio sabe bem disto e mesmo assim insiste em desfilar pela chapada como fosse o proprietário do terreno...
Pássaros, garças, ratos, carcarás, antas, porcos... Quem as joga a eles, talvez nunca tenha a oportunidade de tê-las de volta contornando seu pescoço, mas sempre haverá quem ache os porcos premiados. O que eu quero dizer, é que as chances que lhe passam pelas pontas dos dedos, se deixando escapar, podem estar nos seus pés, ou beneficiando vermes nas suas solas e piraúnas como Delcio sabe bem disto e mesmo assim insiste em desfilar pela chapada como fosse o proprietário do terreno...
Uschuaia Dean, sábado, 25 de
Junho 2011
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