segunda-feira, 21 de maio de 2012

ESTREBUCHA BABY – PARTE 2 - Os idiotas!

                                              FOTO DIGITAL 2011

O digital do JK já passara das 04h07min quando o idiota aqui caminha em direção a algum táxi, também de algum idiota que rala a madrugada para sustentar a esposa que certamente aproveita a ausência do companheiro para metê-lo um belíssimo par de chifres. Sem plexo, desconecto caminho pela praça e noto que já é bem cedo para quem saí para o trabalho no sábado... Os olhos meio embaçados por conta do sono e da cervejada no HI FI e na Estação 2000, os copos e a sujeira pela rua faziam-se visíveis em terríveis sinais de alerta...
E naquele ritmo alcanço um taxi já bem lá em cima na Amazonas e acho que o moço moreno tentava conservar, pois notara a minha insatisfação para com algumas figuras da noite que invadem meus sentidos... Não apenas com essas coisas que acontecem no dia a dia, mas com o nosso próprio assassinato, com o mau humor de Mareth Tigrão que além do vinagre, destila veneno e ironias contra as pessoas de bem, que no fundo não tem nenhuma culpa com a sua frustração... A falta de respeito de Flor que chega de mansinho, cubando a todos e todas numa justa camisa branca de manga longa, a mesma e eterna calça jeans, meio sem graça finge nem reconhecer o Marcovita ou Marcole, num passo chega a uma mesa e de longe aquele anelzinho na mão direita cintila como fosse uma pérola... Logo em seguida chateia-me ver Bodinho mal educado a caça sem saber quem ali possa está... Em seguida a mesa está posta e repleta, Jiquiró (*) bem arrumado, fala coisas que alegra a mesa, e Flor encara um Senhor que às vezes por lá dá o ar de sua graça... Discreto, meigo, cabelos bem grisalhos, meio gordinho que até Mareth já quis enrabichar para o lado do sujeito que vou chama-lo de “Coruja”... Aqueles olhos debaixo de um óculos enorme, olhar arregalados e cintilantes me fez lembrar-se daquelas corujas que tantas vezes rondava a casa de minha mãe lá no alto da serra... Ficava de frente para mim e numa emoção repetitiva aparece um garotinho até bonito e comestível, exibia uma tatuagem no antebraço e também discreta observava os demais... Dona Sessé aparece abatida e calada... Já na mesa, Noel, ex e mal resolvida de Bodinho senta-se a mesa e dá-lhe goró, enquanto um ventinho matreiro insistiu em desalinhar meus cabelos com gel seco, imaginando fico como aquelas árvores que já nem respiram em meio a todo caos daquele pedaço da cidade, são testemunhas que poucos chegam e pedem “  Com licença,obrigado “ e quando ouço algo parecido fico surpreso tentando confiar momentaneamente numa futura esperança...
Balalaika já sem esperanças de encontrar o cara dos olhos azuis e rosto rosado ouve discretamente ajeitando os teimosos cabelos, Marcovita a incentivar dizendo ser cedo, coisa e tal. Mas o coração de Balalaika sabe que não tem como viver os desejos das pessoas e vice-versa e desejos como já dizia o Gilberto Gil... “São tantos, ah se pudéssemos!” E fico na mesa meio truncado, calado, de lado com uma caneca de chope a mão, como que um disfarce tentando meios de brotar um sorriso para as crianças,moças,homens e mulheres ,de levar um amendoim,chocolate,balas,pulseiras prá quem sabe alegrar um destes espíritos que vagam pela noite...E a vontade é virar as costas e fugir deste universo,mas seria melhor se eu amasse mais,se eu aproveitasse mais as frutas e verduras que a natureza nos proporciona diariamente,talvez eu entenderia a minha lógica e seria muito romântico...
Por fim, após insistência fui a Estação 2000 com Marcovita, Lan lan, Duzinho e a coisa do Mestre Cuca do Governador de Minas, o Babysauro...Gente boa,mas com certa arrogância em relação a sexo,pois nada que Cem Reais não resolva.Aquilo adentrou como uma faca no meu coração em angústias e mágoas,palavras erradas,compassos incertos,mas meu coração agradeceria sempre e imensamente mais e mais amor...O som rolava com o violão de Marcelo Oliveira, um carinha incrível, potencial, voz bem clara que mostra que temos tantos talentos perdidos enquanto as pessoas recordam o passado com nostalgia e ao mesmo tempo maltratam o presente. Como se quisessem sofrer pelo primeiro rapaz de sua vida, tenha sido essencial na sua cultura ou se as brigas precisassem mesmo fazer parte de seu cotidiano. É nostálgico lembrar o quanto foi chato ver Flor e seu bando de “ Gancaceiros “adentrar a boate, quando observei o abatimento de Dona Sessé, certa alegria e deboche de Flor e Bodinho para com Noel e uma nova figura que não conhecia que o batizei na hora de Carvalhinho..Um Senhor baixinho,boca murcha,quase sem cabelos ,um metro e alguns cinquenta de altura que parecia sorrir com os deboches e falas dos gancaceiros. Do quanto era feio sorrir sem aparelho e de como seu cabelo nunca ficava bom. As vergonhas que passara na frente de todo mundo se tornam na saudade as sensações mais tristes já criadas. Que filhos da puta são não? E rápido no gatilho Jiquiró abocanha um gordinho folgado que assenta no fundo da sala,entre beijos e abraços como estivessem num campeonato mundial de beijos..O que de interessante no cara era a sua camisa,aquele sim vestia bem e mostrava que era fino,mais uma vitima da turma destes furiosos gancaceiros.Lá pelas tantas me aparece em fechação total Mareth Tigrão e seu casacão que poderia ser usado em Paris no inverno e o cachecol que foi motivo de gozação... Já reclamando de tudo, acabou gostando do som acústico do rapaz e a noite tornou-se mais alcoólica ainda e a resenha rolava até o show de Barrajinha,uma figuraça num corpinho mignon entre seus metros e sessenta de altura.Quase morta Mareth reclama de tudo,quer fumar e o segurança pede com educação, tenho que tentar acabar com essa obsessão, aquelas coisas reclamantes que viram histórias no bar, o preço do cigarro, o cara gostoso que não lhe dá bola  porque ele é sempre e será seu amigo. Reclamou de tudo e de não beijar a boca de todos. E dá-lhe maldizer do presente. Reclamou outra  vez de não  poder fumar os cigarros e de dava risada com alguns deles. Que vida maldita e chata, não? Falava mal porque pode trabalhar e ter dinheiro, assim como todos nós que temos que trabalhar para sobreviver,no entanto não enchemos o saco de ninguém. Reclamou ao pagar a conta, insistindo que havia pago,nem ao menos havia chegado ao caixa e logo após o lamento de ter perdido o último ônibus, cambaleando se perde na noite após quase cair em pisar em falso no meio fio...
““ Resolvo “beber “uma água no Hi Fi e encontro “Dimara” e” Alverina “ ,nos abraçamos e enquanto conversávamos um sujeito pede cigarro, Àlverina atende o pedido,ele começa a resenhar...sai ,caminha,volta,assenta em outra mesa,bebe uma gelada,fala bobagens e tenta sair de fininho quando vemos que Zezão  na esquina tentava persuadia-lo e por  fim segura o pilantra..
Que noite louca e a madrugada antitranspirante acordando os garis para varrer as calçadas e ruas e suspiram ofegantes, observo que os garçons já dão foras nas garotas, garotos e homens bêbados de arder o peito. Noto que fiz burrice, mas alguns ainda sorriem com satisfação que com imensa alegria poderia retornar para o meu apartamento, mas não me engano porque o verdadeiro amor não tem firma reconhecida em cartório, mas a vida é mesmo única e o presente apesar de tudo é muito divertido...
SOMOS OU NÃO SOMOS IDIOTAS?
ESTREBUCHA BABY!
    ( Você desfez demais de mim. )
OHOOOOOOOOOOOOOO - BEIJO
Ushuaia Dean, SÁBADO 14 DE MAIO 2011.

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