domingo, 25 de março de 2012

Carne de açougue...




Carne de açougue...

Pois é!
Eles se perdem nos próprios caminhos
Já não sabem mais para onde seguir
Ou, no que acreditar que seja melhor para a vida.
Será que se permitem viver só na ilusão?
A vida real é tão cruel, crua e cara, imagino!

“ Não, eu não posso me permitir tal coisa, pois já chorei por hoje.
Por algo sem valor, já sofri por nada.
São as feridas de um agressor, magoas de uma coitada que quase se matou por amor de pica...
Parece que não “gosta da própria vida...”
- ( E fico pasmo com o muro de lamentações da coitada se expondo feito carne em açougue coberto de moscas e olhares sedentos na manhã esvoaçante e fria da feira de domingo )

Mas...
O vai e vem de domingo é frenético... Um tal de beijinhos,abraços e fechações sem fim...Até as fiações tendem a esfregarem na bunda das roliças e loucas da Afonso “ Plumas “,digo Pena.
Sinésio que conhece Dudu colegas de escola, que fez Paulão na big cama que regia uma sinfonia de Beethoven, este transou com Edinho, tão pequeno que anda torto de tanto soco no rabo... E que trepou com Duca,que gozou com Cacá no banheiro do Mercado Central.
Cacá que esteve com Carlão no motel, cheirava a perfume barato se achando a tal com aquela horrorosa camisa De florzinha... Carlão comia Cacá na sala de um escritório sujo e emprestado ali no Malleta, que fez o melhor boquete em Zé dentro do carro só porque é 2011, bem em frente a um posto policial ali pelas redondezas da zona Oeste. Zé amassou o Roberto bem em frente ao forno quente e derramou porra no preparo da pizza.
Parece um açougue de feira árabe ao ar livre em que o Robert que bebe cerveja quente, entrou no canudo do Beto Tarado enquanto jogavam baralho na casa do Betinho Bebum que adora se tornar valente quando vê um rabo cabeludo e sedento, já o mascarado Robertão jura ser “ Bofe “ fica de quatro quando ver o Robert Policial armado com uma pistola dura na cara da maluca enrugada.

O que faço para que aconteça tudo aquilo que se passa em minha frente?

“É tudo tão complicado”. E, não depende só de mim, José é galinha e dono da situação.
Então, me ajude.
- Faça-me viver tudo aquilo que eu desejo. Ajude-me a transformar essas ilusões em realidade.
- Eu sei que você pode meu novo amigo, estou perdido... Isto só acontece comigo.

- “Uma insana acha que tenho cara e rabo de psicólogo ou de açougueiro, só pode...”
Lili bate o bico de rir da situação da outra desempregada que foi jogada na rua ontem a noite por seu José Galinha que trepa com Zezinho Pintinho,que adora a linguiça do Zezão ( Não o garçom do Hi FI ! ) que enraba o Zezé Padeiro debaixo de uma árvore lá em Betim,pois gosta de sentir a picanha olhando as nuvens na escuridão.José Galinha por sua vez pega o carro esbarra em “Josés” da noite e acaba no banheiro da boate esfregando ao Zé Capeta que já não aguenta mais e ali mesmo engole um chouriço bem saboroso.
E me aparece o Francisco Pincelada com ar de moço bom, com o traseiro ardido de tanto rolar na grama da Chácara do Chico Boquete que gosta mesmo é expor-se no degrau da sauna vapor gravando a um e outro, enquanto o Chiquinho se perde no dark roon, o inferno delicioso de Francis Perdidão atrás de um croquete ou de um pedaço de picanha das boas.
E Chicão fica atrás do chefe num vai e vem que quem passa jura que estão mesmo fazendo limpeza no açougue...

Escrevo textos coibidos, busco algo do meu íntimo.
Mas, nada faz sentido e calei querendo gritar, gritar e gritar.
Lamentei sem poder solucionar todos os problemas das colegas expostas bem em frente ao Palácio das Artes numa amostra clara que ali é o açougue dominical de criaturas que jamais esquecerei...

Uschuaia Dean domingo, 18 de setembro 2011.

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